O perfil da atriz Leticia Sabatella no Facebook foi desbloqueado nesta
segunda-feira (4). Ele tinha sido desativado no domingo (3) e permanecia
fora do ar até esta tarde.
Em postagem em seu perfil na rede social, Fernando Alves Pinto, ator e
marido de Letícia, diz que a atriz não tinha excluído seu perfil e que
ela provavelmente foi alvo de denúncias.
Alves Pinto também usou a hashtag #SomosTodosSabatella em seu texto, pois acredita que a atriz está sendo atacada na internet.
Na última quinta-feira (31), Letícia Sabatella participou de uma
manifestação no Palácio do Planalto contra o processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff. Em sua fala, a atriz disse, sob os olhares de
Dilma, que, atualmente, faz oposição ao governo petista, mas fez
questão de ir ao ato em defesa da presidente porque, na opinião dela, há
em curso um "plano maquiavélico de tomada de poder na marra" por parte
de partidos oposicionistas.
"Eu sou oposição ao seu governo, presidenta Dilma. Mas eu tenho um
contentamento em poder dizer isso na sua frente porque vivo num estado
que se pretende utopicamente, em exercício neste momento, ser um estado
democrático. Ou seja, preservando a liberdade", declarou a atriz.
O G1 procurou a assessoria do Facebook para obter mais informações, mas a empresa afirmou que não irá falar sobre o caso.
Casos recentes
O caso de Letícia Sabatella é o mais recente de uma série de remoções
polêmicas de páginas populares no Facebook. O estopim da controvérsia
foi a desativação, em 1º de novembro de 2015, da página "Orgulho de ser
hétero", que reunia cerca de 2 milhões de pessoas. A decisão foi
comemorada em páginas e comunidades de ativismo feminista e LGBT, que
frequentemente a denunciavam pelo que dizem ser discurso de ódio.
A partir daí, frequentadores da "Orgulho de ser hétero" teriam se
organizado para orquestrar a remoção de páginas ligadas a estes grupos.
Mensagens nas novas versões da página pediam apoio para coordenar
denúncias a algumas delas.
No mesmo dia, páginas como "Feminismo sem demagogia", "Cartazes e
tirinhas LGBT" e "Moça, você é machista" também saíram do ar, assim como
a da youtuber Julia Tolezano, a Jout Jout, cujos vídeos sobre assédio
contra mulheres fazem sucesso nas redes sociais brasileiras.
A desativação da página de Jout Jout causou indignação dos fãs e
chamou a atenção da mídia. A prefeitura de Niterói, cidade natal da
vlogueira, chegou a se manifestar em seu perfil oficial na rede.
Fonte: G1 Tecnologia
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